O
monólogo ‘A descoberta das Américas’ abriu a semana cultural de outubro.
‘Simplesmente
eu, Clarice Lispector’ foi o segundo monólogo, um pouco diferente do primeiro,
que foi engraçado, divertido, irreverente. Para minha surpresa não foi sombrio
ou triste, ou até mesmo confuso, como muitas vezes a própria Clarice
demonstrava ser. Foi solene, elegante, inspirador e de um magnetismo hipnótico.
Em alguns momentos rimos, em outros sofremos com a angústia tão bem
interpretada pela Beth Goulart, e para quem conhecia Clarice, por alguns
segundos parecia que ela própria estava ali. Os mesmos gestos, os mesmos
olhares, a mesma língua presa e o mesmo jeito de segurar o cigarro. Tudo
refletia simplesmente ela, Clarice. Foi
uma peça intimista, num teatro pequeno, lotado de pessoas que tentavam até
mesmo silenciar a própria respiração numa tentativa de ouvir os pensamentos
daquela que nos presenteou com tantas palavras bonitas e desafiadoras. Ao final
da peça, Beth Goulart agradeceu ao público pelo silêncio, pela sintonia de
almas, pela introspecção que a peça pretendia provocar e conseguiu com sucesso.
Simplesmente amei!
Fechando
a semana, ontem foi a vez de ‘Macbeth’. Não há muito a dizer de algo que
Shakespeare criou, pois suas obras são sensacionais. O que posso dizer é que a
interpretação dos atores foi maravilhosa, principalmente do Claudio Fontana no
papel de Lady Macbeth. Ele não andava, parecia flutuar sobre o palco. Na saída
ouvi comentários do tipo “parecia que ele tinha rodinhas nos pés, pois
deslizava em vez de pisar no chão”.
Teatro
pra mim é magia, é educação, é diversão. É criar, recriar, inventar,
reinventar. A emoção e a satisfação que experimento em nada podem ser superadas
por um programa na TV, um filme ou livro.
"O
teatro não se repete, apesar de ser sempre o mesmo. Cada representação é como
estar diante de um novo personagem." (Beatriz Segall)
ownn que fofa você! <3 obrigada!!
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