sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Paris...





Este ano realizei um dos meus sonhos: fui a Paris. 

Faz tempo que tento escrever aqui sobre essa viagem. Já tentei diversas vezes... Comecei a digitar, apaguei, abri novo documento, salvei em pen drive, ele estragou e perdi o texto... Queria escrever algo realmente bonito e interessante, mas não tenho todo esse talento. Vou contar então as coisas que lembro estou colando do diário. 

Foram cinco dias – de 13 a 18 de janeiro de 2012 – quatro deles ensolarados, graças a Deus. 

A opinião geral é de que Paris deve ser visitada na primavera, verão, ou até mesmo no outono, mas nunca no inverno. Eu bem que queria poder viajar nessas épocas do ano, mas não posso, então digo que Paris no inverno é linda sim, mesmo sem as flores coloridas e as árvores na Champs-Élysées. 

Vamos ao primeiro dia...




Chegamos (Eu e Flávia) em Paris pela manhã e almoçamos no Le Bistrot Saint Antoine. Comida boa, preço bom, e ótimo atendimento – o moço do balcão prontamente ofereceu aulas de francês regadas a vinho para aquela noite hehe.



Ficamos hospedadas no Bastille Hostel

Preço muito bom, staff normal – apenas um francês chato que falava ‘BONSOIR’ toda tarde quando voltávamos dos passeios e depois ria, pois dizia que o certo era ‘BONJOUR’. Quem sou eu pra ficar corrigindo um nativo, né? Além disso, tinha umas coisas bizarras: a gente só podia usar wi-fi das 16hs às 23hs, depois desse horário não tinha mais sinal, quando saíamos a chave ficava na recepção e nos davam um papel que não podíamos perder pra poder pegar a chave de volta, e no quarto privativo que ficamos o banheiro era no meio do quarto, separado por uma cortina... não havia parede e porta, ou seja, um banheiro praticamente a céu aberto haha. Fora isso, era bem limpinho, com escrivaninha, guarda-roupas e cofre. Ah, o café da manhã consistia de café/chocolate quente/cappuccino e pão baguete, geleia e margarina. Comparando com os outros 4 hostels que ficamos, esse foi o mais ‘pobrinho’. De qualquer forma, foi o mais barato da região, então não tenho do que reclamar.

O check-in começava às 15hs, então depois de almoçar começamos nosso passeio por Montmartre. Descemos na estação Blanche, e demos de cara com o Moulin Rouge. Fomos andando pela região de Pigalle e subimos até a Basílica de Sacre Coeur, que é o ponto mais alto da cidade. Nas escadas há uns africanos que, ao perceber que somos brasileiras, começaram a falar em português, e nem nos deram tempo de dizer não, fizeram pulseiras no nosso braço e queriam cobrar 20 euros! Eu ainda não tinha sacado dinheiro, e fiquei com medo que eles fizessem alguma coisa contra a gente, mas não aconteceu nada, só fecharam a cara. Entramos na igreja, havia umas pessoas rezando, e outras com ‘bancas’ vendendo produtos da fé. 

Em seguida fomos à Place du Tertre, onde Picasso morou e onde vários artistas fazem desenhos ou pinturas retratando poses e cenários. O Espaço Salvador Dali com suas esculturas e desenhos fica a alguns metros da praça. Passamos em frente ao Moulin de La Galette, hoje propriedade privada, mas que já foi um salão de festas retratado por Renoir em Bal du moulin de la Galette. 











Para finalizar nosso passeio, entramos no Café des deux moulins, onde Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain foi filmado. Pedimos um café e croissant. No banheiro há alguns objetos do filme, como o duende e o abajur de porquinho da Amélie.




  



O primeiro dia foi sensacional! A região de Montmartre é linda!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Livros, leitura, leitora

Aniversários, férias, natal, rever amigos... 

Não tenho muitas novidades até agora, só que estou lendo bastante. Quero recomendar dois livros do mesmo autor que li em uma semana: Não conte a ninguém e Quando ela se foi.



Vocês podem encontrar a sinopse dos dois livros (e outros) aqui


Nem todos os livros que ele já publicou foram traduzidos para o português, mas quem lê em inglês pode aproveitar. A lista não é pequena...


Sobre o autor

Harlan Coben estudou Ciência Política e decidiu ser escritor quando estava terminando a faculdade. 


Ele foi o primeiro escritor a receber os prestigiados prêmios Edgar Award, Shamus Award e Anthony Award e o primeiro convidado pelo New York Times a escrever para a coluna op-ed (opposite the editorial page).

Em 2001 ele lançou Não Conte a Ninguém, seu primeiro best-seller, que foi adaptado para o cinema pelo diretor francês Guillaume Canet.


Ainda vou ver o filme, logo logo... 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Blow Elliot Benjamin

Quando vi o nome da peça, imediatamente pensei em Billy Elliot, fiquei empolgada e tal, mas ao ler a descrição, descobri que era outra coisa. Porém, não menos interessante.
Blow Elliot Benjamin é  um espetáculo de dança que vai acontecer no Guairinha, em Curitiba, entre os dias 14 e 16 de dezembro. A peça é uma tragicomédia baseada em histórias reais e busca mostrar a vida de pessoas comuns abordando a transitoriedade da existência humana. Foi inspirada em um inglês de classe média diagnosticado com uma doença incurável que se enterra em dívidas para depois saber que seu mal não era tão grave assim.
Na versão do espetáculo, idealizado por Cleide Piasecki, Elliot abandona o trabalho, deixa de pagar as contas, gasta com festas e extravagâncias, e meses depois descobre o falso disgnóstico. Ele não conta para ninguém, mas certo dia, em um acidente banal morre engasgado e seu corpo é enterrado na mesma sepultura do cão, Blow, fiel amigo do coveiro, Benjamin.
A cenografia e figurinos são do premiado artista Gelson Amaral Gomes e assistência coreográfica de Júlio Mota. O espetáculo fez turnê recentemente nas cidades paranaenses de Cascavel, Toledo, Capanema, Francisco Beltrão, Pato Branco, União da Vitória, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Castro, sempre com muito sucesso.


Onde: Guairinha - Auditório Salvador de Ferrante

Quando:
14/12/2012, às 20h30 
15/12/2012, às 20h30 
16/12/2012, às 18h


Preço:
R$ 10 (½ entrada: R$ 5)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

De Clarice a Caroline



Clarice nasceu em 10 de dezembro de 1920. Viveu apenas 56 anos, mas aproveitou-os para deixar sua marca na humanidade.
Caroline nasceu em 10 de dezembro de 1984. Já viveu 28 anos. E o que ela já fez?


Tempo de meditar
Hoje é meu aniversário, hoje faço 28 anos. Hoje começo a me sentir oficialmente uma pré-balzaquiana. Quase três décadas de vida, e o que tenho feito com o tempo que Deus tem me dado?
Quantos quilômetros andei? Quantas pessoas abracei? Quantos sorrisos provoquei?
São tantas as coisas ruins que geralmente analisamos, lembramos ou revivemos, mas hoje é dia para se pensar em todo o bem que já fiz. Hoje é um dia de meditação. Dia de receber a solidão como companhia, e o nada para me preencher.
Hoje quero ser menos eu, pois afinal, ainda não sei quem sou, nem o que quero ser.
Preciso me enfrentar, hoje.

...Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Clarice Lispector



domingo, 2 de dezembro de 2012

Delícia de framboesa

Estou aqui de novo para compartilhar uma receita.
Tenho uma amiga em Campo Largo que resolveu fazer comida indiana e me convidou para ser uma de suas cobaias - ou guinea pigs, como ela mesma diz.



Estava tudo uma delícia, e para a sobremesa tínhamos muitas opções: uma de limão, uma de chocolate e uma de framboesa. Além de um carrot cake inglês que acabei não provando. Bem, eu levei a de framboesa e todos gostaram. Encontrei a receita num blog, mas mudei alguns ingredientes. 



Delícia de framboesa

Ingredientes:
2 caixas de creme de leite
1 vidro de leite de coco
meia lata de leite condensado
1 barra (150g) de chocolate branco
1 copo de requeijão
5 folhas de gelatina incolor
100g de framboesa

Cobertura:
1 xícara ou 3/4 de açúcar
1 canela em casca
500g de framboesas congeladas
suco de 1 limão pequeno

Modo de preparo:

Creme:
1. Coloque as folhas de gelatina num recipiente com água fria. 
2. Junte o creme de leite e o chocolate branco e faça um ganache. 

3. Aqueça a mistura da gelatina no micro-ondas por 10s de cada vez, mas não deixe ferver.
4. Misture todos os ingredientes, exceto as framboesas.
5. Coloque as framboesas no fundo de uma assadeira, despeje o creme e leve à geladeira.


Cobertura:
1. Coloque as framboesas, o açúcar, a canela e o suco de limão numa panela e leve ao fogo brando. 
2. Mexa de vez em quando até se obter o ponto estrada (passando com a colher no fundo da panela, forma-se uma estrada). 
3. Deixe esfriar e despeje a cobertura sobre o creme. 
Opcional: servir direto nas taças, como na foto. 






quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Banana Bread

Foto meramente ilustrativa

Desculpem a ausência, mas final de ano para professor não é fácil. Tá bom, nem é tão difícil assim, já que não trabalho 40 horas por semana, mas ando ocupada praticando meus dotes culinários hehe. Ontem fiz Banana Bread e quero compartilhar com vocês a receita. É super fácil:

Banana bread
Ingredientes:
3 ou 4 bananas maduras
1/3 xícara de manteiga derretida
1 xícara de açúcar (pode-se reduzir para 3/4 xícara)
1 ovo batido
1 colher (chá) essência de baunilha
1 colher (chá) fermento em pó
1 pitada de sal
1 1/2 xícaras de trigo

Modo de preparo:
Pré-aqueça o forno a 180°C. Com uma colher (não é necessário batedeira), misture a manteiga às bananas amassadas em uma tigela grande. Acrescente o açúcar, o ovo, e a baunilha. Polvilhe o fermento e o sal na mistura.  Por último acrescente o trigo e mexa. Despeje a massa numa forma e asse por 25-30 minutos a 250°C.
Deixe esfriar e sirva.
Obs: Eu coloquei uma xícara de granola na massa, fica uma delícia. 

Bon appetit!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Corujas



        
       Hoje quero falar de corujas. Nada mais apropriado para o dia nacional do livro, já que livros nos tornam mais sábios, e coruja é símbolo de sabedoria. 
 Amo corujas, acho-as belíssimas e perfeitas.  Mas elas não representam apenas sabedoria. Reuní alguns símbolos abaixo:
1.     Atena, deusa da guerra e da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca pelo saber. Há ainda uma outra explicação... Numa língua nórdica antiga, ela era chamada de ugla, palavra que imitava o som emitido pela ave e que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês. "Assim, a coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido como alguém mais preocupado com as divagações interiores que com a aparência externa", diz o helenista (estudioso da civilização grega) Antônio Medina Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP).
2.     No Império Romano, por exemplo, a ave era considerada agourenta e seu canto anunciaria a proximidade da morte.
3.     Os astecas e maias consideravam a coruja um símbolo de destruição e morte. A deusa asteca da morte, Mictlantecuhtli, era retratada com corujas.
4.     Na mitologia árabe, corujas trazem má sorte.
5.     Na Ásia a coruja é vista como uma criatura tola.
6.     Nas obras de Ovídio, Virgílio e John Keats, a coruja sempre é associada à morte e ao azar.
7.     Na França, Bélgica e Holanda, corujas ‘orelhudas’ são símbolo de sabedoria e as sem orelhas são agourentas.


E você, gosta de corujas?







sábado, 27 de outubro de 2012

Depois do teatro...


O monólogo ‘A descoberta das Américas’ abriu a semana cultural de outubro.

‘Simplesmente eu, Clarice Lispector’ foi o segundo monólogo, um pouco diferente do primeiro, que foi engraçado, divertido, irreverente. Para minha surpresa não foi sombrio ou triste, ou até mesmo confuso, como muitas vezes a própria Clarice demonstrava ser. Foi solene, elegante, inspirador e de um magnetismo hipnótico. Em alguns momentos rimos, em outros sofremos com a angústia tão bem interpretada pela Beth Goulart, e para quem conhecia Clarice, por alguns segundos parecia que ela própria estava ali. Os mesmos gestos, os mesmos olhares, a mesma língua presa e o mesmo jeito de segurar o cigarro. Tudo refletia simplesmente ela, Clarice.  Foi uma peça intimista, num teatro pequeno, lotado de pessoas que tentavam até mesmo silenciar a própria respiração numa tentativa de ouvir os pensamentos daquela que nos presenteou com tantas palavras bonitas e desafiadoras. Ao final da peça, Beth Goulart agradeceu ao público pelo silêncio, pela sintonia de almas, pela introspecção que a peça pretendia provocar e conseguiu com sucesso. Simplesmente amei!

                                          

Fechando a semana, ontem foi a vez de ‘Macbeth’. Não há muito a dizer de algo que Shakespeare criou, pois suas obras são sensacionais. O que posso dizer é que a interpretação dos atores foi maravilhosa, principalmente do Claudio Fontana no papel de Lady Macbeth. Ele não andava, parecia flutuar sobre o palco. Na saída ouvi comentários do tipo “parecia que ele tinha rodinhas nos pés, pois deslizava em vez de pisar no chão”.




Teatro pra mim é magia, é educação, é diversão. É criar, recriar, inventar, reinventar. A emoção e a satisfação que experimento em nada podem ser superadas por um programa na TV, um filme ou livro.


"O teatro não se repete, apesar de ser sempre o mesmo. Cada representação é como estar diante de um novo personagem." (Beatriz Segall)

domingo, 21 de outubro de 2012

Teatro, teatro, teatro!


Outubro terminando e hoje iniciou a semana cultural do mês. Assisti a um monólogo sensacional com o ator Júlio Adrião - A Descoberta das Américas. 
Ele conta a história de Johan Padan, um homem que, fugindo da fogueira da Inquisição, narra situações que viveu em 1492, quando embarcou numa caravela de Cristóvão Colombo. 
"A descoberta das Américas" já teve mais de 500 apresentações em 22 estados brasileiros, além de Portugal e Cabo Verde e a atuação de Julio Adrião rendeu a ele o prêmio Shell de melhor ator em 2005.

Nesta semana há também o monólogo sobre a vida de Clarice Lispector com a atriz Beth Goulart no Guairinha e "Macbeth", com Marcello Antony e Claudio Fontana no Teatro Bom Jesus. Quem puder ir, tenho certeza que vai valer a pena.

Macbeth


Simplesmente eu, Clarice Lispector


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

American Apple Pie

Tanto tempo que não escrevo nada aqui...sabe como é, vida de professora-dona-de-casa-viajante-amiga-irmã-filha-madrinha- só faltou mãe - é corrida mesmo! haha
Quero deixar uma receita que fiz hoje à noite e deu super certo: Apple pie. 
Já tinha feito a torta holandesa de maçã, mas a massa nunca ficava boa, então hoje tentei uma receita americana e ficou ótima. 

Divirtam-se na cozinha!

Minha torta ficou mais ou menos assim.


American apple pie
Massa:
2 ½ xícaras de trigo
1 xícara de manteiga sem sal, bem gelada, cortada em cubos
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de açúcar
6 colheres (sopa) de água gelada ou até dar ponto

Modo de preparo:
Coloque o trigo, o açúcar e o sal no processador e aperte pulsar. Acrescente a manteiga e pressione novamente por 6 a 8 vezes até os cubos de manteiga ficarem bem pequenos. Despeje a água gelada aos poucos (uma colher por vez).  Faça uma bola com a massa e abra-a em dois discos. Leve à geladeira por no mínimo uma hora.

Recheio:
1/3 de xícara de açúcar mascavo
1/3 de xícara de açúcar
1 colher (sopa) de trigo
1 colher (chá) de suco de limão (eu coloquei duas)
1/3 colher (chá) de canela (eu coloquei ½)
6 xícaras de maçãs cortadas em fatias ou cubos
1 xícara de uvas passas
1 ovo para pincelar

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes, as uvas por último.

Retire a massa da geladeira, recheie, cubra e feche a torta, pincele com o ovo, espalhe açúcar de confeiteiro por cima e asse por 20 a 30 minutos a 220°C.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A sujeira em Amsterdã(m)


Europa, o velho mundo, berço da cultura, da arte, da nobreza, da educação, da limpeza... ops, da limpeza não.
Hoje vou falar sobre mostrar a sujeira da Europa, ou na Europa. Quer dizer, em Amsterdam .
Todos falam mal de Paris, mas nos cinco dias que fiquei lá não consegui detectar nenhum odor desagradável - os perfumes franceses são bons por algum motivo. Já ouvi relatos de que há ratos nas ruas, cheiro de peixe morto, mas... Era inverno, ninguém suava, sol todos os dias sem fritar ninguém, todo mundo usando seu Chanel, Yves Saint-Laurent, Dior, Hugo Boss...  Enfim, Paris foi um sonho e muito mais!
Mas Amsterdam, aff... tenho fotos para provar como a cidade é suja! Lixo nas ruas, nas fontes, pipidódromo masculino a céu aberto emitindo seus odores... um lugar que me impressionou negativamente, pois se por um lado todos são magros, bonitos e sarados porque pedalam mais do que dirigem, precisam descer da bicicleta e soltar seus sacos de lixo no lugar certo.
Observem e revoltem-se como eu me revoltei. Ou não.







Melhor filme do ano




O site Adoro Cinema resume assim o filme: 

Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe, por sua vez, se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um pobre coitado. Aos poucos a amizade entre eles se estabelece, com cada um conhecendo melhor o mundo do outro.


É claro que o filme não é só isso. Ele possui um bom roteiro, ótimo diretor, excelentes atores, e a língua mais linda do mundo (francês). 

Um drama que - sem ser dramático - mostra a força de uma amizade, a importância de você ser você mesmo, e de vencer seus medos. 


Sempre leio as críticas antes ou depois de assistir a um filme, e desta vez li depois. Ainda bem, pois a do NY Times foi muito infeliz e nonsense. Sugiro ler os comentários das pessoas indignadas que são mais interessantes do que a review




Recomendadissíssimo!




sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Thank U, Alanis!

Alanis Morissette no Curitiba Master Hall


TREZE anos. Há treze anos escutei pela primeira vez o cd Jagged Little Pill, e no início esse álbum realmente foi uma pílula difícil de engolir. Terceiro álbum da Alanis Morissette, vendeu mais de 33 milhões cópias no mundo todo, mas não me conquistou de imediato. Eu tinha 14 anos, estudante de inglês avançado e sem acesso à internet, escutava as músicas mais como um desafio à minha compreensão auditiva do inglês do que qualquer outra coisa.

Com o tempo, comecei a compreender e a sentir cada canção, e então adquiri os cds, dvds, lia entrevistas, e me tornei uma fã. Após JLP veio Supposed former infatuation junkie e MTV Unplugged.

A adolescência passou, e depois do álbum Under rug swept já não escutava tanto as suas músicas, que perderam a veia rock alternativo e migraram para um pop alternativo – So-called chaos e Flavors of entanglement.

Então 2012 chegou, e no dia 5 de setembro a Alanis veio para Curitiba. Minha (única) oportunidade de conhecer a pessoa que me ensinou tantas palavras em inglês e me inspirou a estudar mais ainda.

Não tinha companhia para ir ao show, pois era numa quarta-feira e o preço um tanto salgado. Mesmo assim, fui.
Cheguei ao Curitiba Master Hall às 18hs, e abriram a casa às 19h30. Nesse tempo li um livro (só eu mesmo rs) e suportei o fedor de cigarro (por que fumar tanto, jovens?) na longa fila.

Encontrei um cantinho onde conseguiria vê-la sem ser muito esmagada pelos fãs enlouquecidos, e ficamos aguardando o show, que começaria às 21hs. Quarenta minutos depois, ela subiu ao palco. E a emoção foi indescritível. Não sou do tipo que chora, grita, ou desmaia, mas estar ali foi sublime.

Cada canção entoada pela multidão desconcertou a própria cantora, que várias vezes cedeu o microfone ao coro ensaiado para cada sucesso da década de 90. Até mesmo o novo hit Guardian estava na ponta da língua.

Alanis, aos 38 anos, 22 de carreira, casada e com um filho, estava com a mesma energia, cabelo, corpo e talento do seu trabalho mais bem sucedido, dos anos mais dourados e da disposição dos seus primeiros shows. Quase duas horas de excelente música e muitas dores musculares para os próximos dois dias.

Uma noite inesquecível, um show memorável. Havoc and Bright Lights.

Paulo Camargo resume bem tudo o que disse acima:

“Em ótima forma física, cantando muito, Alanis não precisou se esforçar muito para conquistar o público. Doçura e transe, senão fúria roqueira, se complementaram perfeitamente no caso de uma artista cuja verborragia sempre conviveu com uma aura neo-hippie, em uma síntese materializada pela fusão de sonoridades mais encorpadas de guitarra às texturas sinuosas da música indiana, por exemplo. Salvo alguns probleminhas com a equalização do som, que fizeram com que a banda encobrisse a voz da cantora, foi uma noite e tanto. Uma celebração ao feminino."

Segue setlist da noite:

  1. I Remain (Part 1)
  2. Woman Down
  3. All I Really Want
  4. You Learn
  5. Guardian
  6. Flinch
  7. Right Through You
  8. Hands Clean
  9. So Pure
  10. Spiral (Premiere: First time ever)
  11. Ironic
  12. Havoc
  13. Head Over Feet
  14. I Remain (Part 3)
  15. Lens
  16. You Oughta Know
  17. Numb
  18. Hand in My Pocket
  19. Uninvited
  20. Thank U







sábado, 1 de setembro de 2012

Kid Abelha 30 anos Paula Toller 50. Peraí!

Kid Abelha no Teatro Guaíra

Finalmente fui a um show do Kid Abelha. Quando soube que eles tocariam no Teatro Guaíra fui logo comprar ingresso, poltrona bem perto do palco, pra não perder nada e aproveitar esta oportunidade. Vai que eles se separam e/ou a banda acaba?
Algumas das conclusões sobre o show...

1. Primeira grande e forte impressão: a Paula Toller é mais linda do que imaginei. Pernas firmes e torneadas, barriga sequinha, pele lisa igual bumbum de nenê. Incrível como ela é linda aos 50 anos. CINQUENTA!

2. Show maravilhoso, com todas as músicas mais legais - Te amo pra sempre, Pintura íntima, Como eu quero, Fixação, Nada sei, Grand' Hotel, Amanhã é 23... são tantas que perdi a conta.

3. Conclusão pós-show: preciso comer menos e melhor, preciso me exercitar, preciso cuidar mais de mim. Não sou nem 30% do que posso ser.





quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Bel Ami

Finalmente terminei de ler Bel Ami. E, coincidentemente, o filme está em cartaz aqui em Curitiba.
Se gostei do livro? Adorei! Quando eu assistir ao filme, comentarei minhas impressões.
Por enquanto fiquem com um excelente artigo que encontrei sobre o livro e suas adaptações para o cinema. Recomendo a leitura!






Veja o trailer.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Modigliani - Imagens de uma vida

Jeanne Hebuterne - esposa de Amedeo Modigliani 


Não tenho mais postado aqui por falta de tempo, não de assunto. :(

Por isso, deixo um link sobre a mostra das obras de Modigliani que está acontecendo no MON de 27/07 a 30/09. Eu fui domingo, vale a pena!

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/diadeclassico/?id=1281683&tit=vale-ver-a-mostra-de-modigliani-no-mon

domingo, 15 de julho de 2012

“What's life without a little risk-taking?”



Cecília


The Purple Rose of Cairo. Tenho este filme no computador já há algum tempo, mas hesitava ao ver o nome, sei lá, não me interessava. Porém, é famoso, elogiado, do meu diretor favorito, então numa manhã fria de sábado em Curitiba (10ºC) – em que acordei às 8hs sem nenhum motivo – resolvi assisti-lo.
Resumidamente, a história é sobre Cecilia, uma garçonete que trabalha em New Jersey e sustenta o marido durante a Depressão de 1929. Ela vive infeliz e encontra refúgio no cinema ao ver a vida perfeita das personagens. Um dia, após assistir ao filme The Purple Rose of Cairo várias vezes, o mocinho do filme percebe Cecília e atravessa a tela para a vida real, começa uma confusão no filme dentro do filme, e até o ator aparece, formando um triângulo amoroso. Ela precisa escolher entre o ator ou o personagem, mas as coisas não acabam bem para ela. Não vou contar mais, recomendo que assistam.
No início, quando ela ouve várias vezes a seguinte frase,
- It's so impulsive, but…I'll come. Why not? I mean, what's life without a little risk-taking?
pensei que ela tomaria uma atitude para mudar seu rumo, já que o marido não era nada romântico, batia nela, não trabalhava e pegava todo o dinheiro que ela ganhava, mas não foi isso que ela fez. Ela continuou vivendo o tédio que sempre fora a sua vida.
E então percebo que é o que todos fazemos. Temos inúmeros exemplos em filmes, amigos, desconhecidos, mas não saímos do lugar. Continuamos na rotina, no tédio, na zona de conforto.
Será que o mocinho precisa sair da tela para nos acordar e provocar-nos a tomar uma atitude ousada e transformadora? Será que realmente queremos algum tipo de mudança?
Ou talvez preferimos pensar como a Cecília:
Cecilia: I just met a wonderful new man. He's fictional but you can't have everything...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mais sobre Amsterdam...

Todos falam sobre o paraíso livre que é a Holanda, pelas drogas liberadas (maconha) e pela prostituição. Eu me pergunto: isso realmente é liberdade?
Sobre a maconha, não vi nada de mais nas ruas, apenas coffee shops (onde a última coisa que você vai encontrar é café) e muitos produtos feitos de maconha (não provei nenhum). Talvez se eu tivesse saído à noite, aos bares, clubes e afins, ficaria chocada, mas não foi esse o objetivo da viagem.




Sobre a prostituição, isso sim foi algo chocante e a definição do oposto da liberdade.
Não tenho fotos porque é proibido fotografar (apesar de sempre haver gente fotografando discretamente), mas o que posso dizer sobre Red Light District (De Wallen) resume-se na palavra: deprimente. Sei que muitos defenderão e dirão que é apenas um trabalho, que é o mais antigo desde que o homem se diz homo sapiens, mas aqui escrevo apenas a minha opinião.
Vou contar como foi minha experiência.
No nosso segundo dia de passeio, saí com a Flávia para conhecer as tais vitrines, mas como era meio-dia, não havia muitas mulheres, estavam provavelmente descansando da noite anterior. Vimos umas mulheres mais velhas e descuidadas sentadas e fumando enquanto observavam pelos vidros os turistas curiosos.
Continuamos então nossa caminhada, visitamos o museu do Van Gogh, e voltando ao hostel conheci quatro brasileiros e um inglês que estavam combinando uma volta pelo Red Light District à noite.  Topei ir com eles, e saímos às 21hs. Como eu já havia me perdido no dia anterior, fiquei muito mais atenta aos nomes de ruas e pontos de referências, tanto que quem guiou o grupo a pé até lá fui eu (se perdendo e aprendendo).
Havia muitos jovens, mas também casais e famílias andando pelas ruas do De Wallen.

De Wallen (wikipedia)

No início todos acharam engraçado o fato de as mulheres ficarem expostas nas vitrines, admiraram seus corpos bonitos, mas um dos brasileiros notou que havia algo errado, e eu comentei que pareciam travestis. E realmente eram!
De um lado da Oudezijds Achterburgwal havia travestis e, atravessando o canal, mulheres.  Tanto uns quanto outras vestiam lingerie ou biquínis, e ficavam se maquiando, pois não havia o que fazer ali, expostas para turistas ou clientes admirá-las. Algumas batiam nos vidros para chamar atenção, e se você parasse, elas abriam a porta para oferecer seus serviços.
 Não vimos ninguém entrar, mas muitas cortinas estavam fechadas, o que significava que trabalhavam. Eu e o meu novo amigo inglês ficamos incomodados com o que vimos, comentamos sobre o que poderia ter levado essas pessoas a estarem ali, sentimos um ar pesado naquele lugar; enfim, ficamos tristes.
Há muito mais para se ver em Amsterdam – igrejas (há uma no coração do De Wallen, a Oude Kerk), os moinhos, parques, museus, mercado de flores flutuante, zoológico, museu de cera, lojas com ótimos preços (os mais baixos das cinco cidades que visitamos) – mas escrevi sobre maconha e De Wallen porque é a primeira coisa que vem à mente quando se fala na Holanda.
Ainda vou falar sobre os holandeses e a sujeira, mas hoje não.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Amsterdam

Aconteceram muitas coisas legais e outras nem tanto no mochilão que fiz na Europa de dezembro 2011 a janeiro de 2012. Pois bem, hoje vou contar sobre algo não tão legal – o dia em que me perdi em Amsterdam.
Foi no dia 05 de janeiro, uma quinta-feira terrivelmente windy. Eu e minha amiga Flávia já tínhamos visitado Barcelona e Praga, e chegamos a Amsterdam no dia 04. Pois bem, mapa nas mãos e pernas pra que te quero... lá fomos nós... prontas para conquistar o terreno holandês!


Saímos do hostel às 8h, passamos pela Leidseplein, pela Heineken Experience e fomos andando até a Dam Square. De lá caminhamos mais um pouco até a casa da Anne Frank. Foi uma experiência incrível, estar na casa que se tornou esconderijo da família dela durante a II Guerra Mundial foi emocionante.





Saímos de lá e já estava na hora do almoço. Continuamos nossa caminhada até encontrarmos um restaurante, mas a primeira coisa que vimos foi um fast food place, e lá entramos.  Pedimos um lanche e ficamos conversando com o dono da bodega, holandês que não parava de perguntar do samba, Carnival in Rio, e disse que seu sonho era conhecer o Brasil.



E então pegamos nosso Visa Travel Money para pagar a conta, quando o moço disse que só aceitava cash. Educadamente nos explicou onde havia um ATM, e lá fui eu sacar dinheiro. A Flávia ficou no restaurante com nossas sacolas de compras, bolsas, e tudo o mais. Eu saí apenas com a carteira e minha câmera.
Ansiosa para pegar logo o dinheiro e podermos continuar nosso primeiro dia na cidade, saí sem anotar o nome da rua, nem mesmo o nome do lugar onde estávamos, e segui atravessando canais e virando à esquerda e direita, até chegar a Dam Square, onde sabia que tinha visto um ATM.  



E então começou a chover. Eu com o dinheiro no bolso, parei numa loja na Leidsestraat comprar guarda-chuva. Todos ou muito fracos ou muito grandes ou muito caros, acabei desistindo, já que a chuva estava ameaçando parar.
Tentei refazer meu caminho mentalmente. Direita aqui, esquerda ali, “ah, passei por essa loja sim (Illy’s café)”, estava muito confiante, até que percebi que não sabia nem como era a fachada do lugar onde almoçamos. Andei mais uns 15 minutos e... nada! Cada rua que eu entrava via um Illy’s café (deve ter uns 30), e parecia que tudo se repetia, eu deveria estar andando em círculos. 



Já passava das 16h30 (momento em que começou a escurecer) e eu comecei a me desesperar. Vi um casal com mapa nas mãos (o meu estava com a Flávia) e me aproximei pra pedir ajuda. Fiquei com medo de chorar na frente deles e assustá-los, mas eram dois italianos queridos que me emprestaram o mapa pra eu ter uma ideia de onde estava naquele momento. Mas de que adianta saber onde você está se não sabe para onde precisa ir?
Aff...
Agradeci e continuei minha busca. Já estava escuro, e entrei num pub para telefonar no hostel, deixar uma mensagem pra Flávia, avisar sobre o que estava acontecendo...
O moço que me atendeu no pub era um britânico muito atencioso que me emprestou o telefone, a lista telefônica, e nos 40 minutos seguintes abriu mapa na mesa, circulou pontos por onde eu havia passado, abriu google street view no iphone, e comeu a janta fria, só pra me ajudar. Algumas pessoas realmente são anjos enviados por Deus pra nos acalmar.
Pensamos bastante, mas nada conseguimos resolver. Caminhei mais uns 15 minutos, tomei uma segunda chuva (desta vez granizo), e como já eram 18hs, voltei direto ao hostel. Pelo menos até lá eu sabia o caminho.
Meia hora depois, atravesso o lounge e encontro a Flávia toda molhada, com o laptop aberto, pronta pra anotar números de hospitais e polícia local pra me encontrar.
Quando nos vimos, nos abraçamos, chorei, choramos, e ela me contou o que se passou no restaurante. O gerente não queria deixa-la sair de lá, as garçonetes não paravam de falar como a cidade era perigosa, que havia traficantes, estupradores, etc. e que eu já deveria ter voltado, que era pra se preocupar...
Após tantas horas, resolveram liberá-la, e então no dia seguinte voltamos para pagar o almoço.
Ainda não sei a rua nem o nome do restaurante, e acho que nunca vou saber (bloqueei).
Perdemos um dia de passeio, e eu ganhei uma gripe que demorou dois meses pra ir embora depois das duas chuvas que tomei.
Mas o resto da viagem correu bem (ufa!), só nos perdemos mais uma vez em Paris. Outro dia conto sobre isso.



Flávia e eu


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