Todos
falam sobre o paraíso livre que é a Holanda, pelas drogas liberadas (maconha) e
pela prostituição. Eu me pergunto: isso realmente é liberdade?
Sobre
a maconha, não vi nada de mais nas ruas, apenas coffee shops (onde a última coisa que você vai encontrar é café) e
muitos produtos feitos de maconha (não provei nenhum). Talvez se eu tivesse
saído à noite, aos bares, clubes e afins, ficaria chocada, mas não foi esse o
objetivo da viagem.
Sobre
a prostituição, isso sim foi algo chocante e a definição do oposto da
liberdade.
Não
tenho fotos porque é proibido fotografar (apesar de sempre haver gente
fotografando discretamente), mas o que posso dizer sobre Red Light District (De Wallen) resume-se na palavra: deprimente.
Sei que muitos defenderão e dirão que é apenas um trabalho, que é o mais antigo
desde que o homem se diz homo sapiens,
mas aqui escrevo apenas a minha opinião.
Vou
contar como foi minha experiência.
No
nosso segundo dia de passeio, saí com a Flávia para conhecer as tais vitrines,
mas como era meio-dia, não havia muitas mulheres, estavam provavelmente
descansando da noite anterior. Vimos umas mulheres mais velhas e descuidadas
sentadas e fumando enquanto observavam pelos vidros os turistas curiosos.
Continuamos
então nossa caminhada, visitamos o museu do Van Gogh, e voltando ao hostel
conheci quatro brasileiros e um inglês que estavam combinando uma volta pelo Red
Light District à noite. Topei ir
com eles, e saímos às 21hs. Como eu já havia me perdido no dia anterior, fiquei
muito mais atenta aos nomes de ruas e pontos de referências, tanto que quem
guiou o grupo a pé até lá fui eu (se perdendo e aprendendo).
Havia
muitos jovens, mas também casais e famílias andando pelas ruas do De Wallen.
De Wallen (wikipedia) |
No
início todos acharam engraçado o fato de as mulheres ficarem expostas nas
vitrines, admiraram seus corpos bonitos, mas um dos brasileiros notou que havia
algo errado, e eu comentei que pareciam travestis. E realmente eram!
De
um lado da Oudezijds Achterburgwal
havia travestis e, atravessando o canal, mulheres. Tanto uns quanto outras vestiam lingerie ou biquínis,
e ficavam se maquiando, pois não havia o que fazer ali, expostas para turistas
ou clientes admirá-las. Algumas batiam nos vidros para chamar atenção, e se
você parasse, elas abriam a porta para oferecer seus serviços.
Não vimos ninguém entrar, mas muitas cortinas
estavam fechadas, o que significava que trabalhavam. Eu e o meu novo amigo
inglês ficamos incomodados com o que vimos, comentamos sobre o que poderia ter
levado essas pessoas a estarem ali, sentimos um ar pesado naquele lugar; enfim,
ficamos tristes.
Há
muito mais para se ver em Amsterdam – igrejas (há uma no coração do De Wallen, a Oude Kerk), os moinhos, parques, museus, mercado de flores
flutuante, zoológico, museu de cera, lojas com ótimos preços (os mais baixos das
cinco cidades que visitamos) – mas escrevi sobre maconha e De Wallen porque é a primeira coisa que vem à mente quando se fala
na Holanda.
Ainda
vou falar sobre os holandeses e a sujeira, mas hoje não.
Oi Carolzinha! Adorei seu blog!
ResponderExcluirFiquei curiosa sobre o pirulito de cannabis. hehehehe.
É muito louco essas vitrines hein...
Beijos
Obrigada, Ana!
ExcluirUma das brasileiras que conheci lá ficou curiosa também e comprou. Disse que é horrível, não é doce...
Beijão
Ah, daí não tem graça mesmo, nem é docinho. heehehehe.
ExcluirBeijo.