quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mais sobre Amsterdam...

Todos falam sobre o paraíso livre que é a Holanda, pelas drogas liberadas (maconha) e pela prostituição. Eu me pergunto: isso realmente é liberdade?
Sobre a maconha, não vi nada de mais nas ruas, apenas coffee shops (onde a última coisa que você vai encontrar é café) e muitos produtos feitos de maconha (não provei nenhum). Talvez se eu tivesse saído à noite, aos bares, clubes e afins, ficaria chocada, mas não foi esse o objetivo da viagem.




Sobre a prostituição, isso sim foi algo chocante e a definição do oposto da liberdade.
Não tenho fotos porque é proibido fotografar (apesar de sempre haver gente fotografando discretamente), mas o que posso dizer sobre Red Light District (De Wallen) resume-se na palavra: deprimente. Sei que muitos defenderão e dirão que é apenas um trabalho, que é o mais antigo desde que o homem se diz homo sapiens, mas aqui escrevo apenas a minha opinião.
Vou contar como foi minha experiência.
No nosso segundo dia de passeio, saí com a Flávia para conhecer as tais vitrines, mas como era meio-dia, não havia muitas mulheres, estavam provavelmente descansando da noite anterior. Vimos umas mulheres mais velhas e descuidadas sentadas e fumando enquanto observavam pelos vidros os turistas curiosos.
Continuamos então nossa caminhada, visitamos o museu do Van Gogh, e voltando ao hostel conheci quatro brasileiros e um inglês que estavam combinando uma volta pelo Red Light District à noite.  Topei ir com eles, e saímos às 21hs. Como eu já havia me perdido no dia anterior, fiquei muito mais atenta aos nomes de ruas e pontos de referências, tanto que quem guiou o grupo a pé até lá fui eu (se perdendo e aprendendo).
Havia muitos jovens, mas também casais e famílias andando pelas ruas do De Wallen.

De Wallen (wikipedia)

No início todos acharam engraçado o fato de as mulheres ficarem expostas nas vitrines, admiraram seus corpos bonitos, mas um dos brasileiros notou que havia algo errado, e eu comentei que pareciam travestis. E realmente eram!
De um lado da Oudezijds Achterburgwal havia travestis e, atravessando o canal, mulheres.  Tanto uns quanto outras vestiam lingerie ou biquínis, e ficavam se maquiando, pois não havia o que fazer ali, expostas para turistas ou clientes admirá-las. Algumas batiam nos vidros para chamar atenção, e se você parasse, elas abriam a porta para oferecer seus serviços.
 Não vimos ninguém entrar, mas muitas cortinas estavam fechadas, o que significava que trabalhavam. Eu e o meu novo amigo inglês ficamos incomodados com o que vimos, comentamos sobre o que poderia ter levado essas pessoas a estarem ali, sentimos um ar pesado naquele lugar; enfim, ficamos tristes.
Há muito mais para se ver em Amsterdam – igrejas (há uma no coração do De Wallen, a Oude Kerk), os moinhos, parques, museus, mercado de flores flutuante, zoológico, museu de cera, lojas com ótimos preços (os mais baixos das cinco cidades que visitamos) – mas escrevi sobre maconha e De Wallen porque é a primeira coisa que vem à mente quando se fala na Holanda.
Ainda vou falar sobre os holandeses e a sujeira, mas hoje não.



3 comentários:

  1. Oi Carolzinha! Adorei seu blog!
    Fiquei curiosa sobre o pirulito de cannabis. hehehehe.

    É muito louco essas vitrines hein...

    Beijos

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    Respostas
    1. Obrigada, Ana!
      Uma das brasileiras que conheci lá ficou curiosa também e comprou. Disse que é horrível, não é doce...
      Beijão

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    2. Ah, daí não tem graça mesmo, nem é docinho. heehehehe.


      Beijo.

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