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Cecília |
The Purple Rose of Cairo. Tenho este
filme no computador já há algum tempo, mas hesitava ao ver o nome, sei lá, não
me interessava. Porém, é famoso, elogiado, do meu diretor favorito, então numa
manhã fria de sábado em Curitiba (10ºC) – em que acordei às 8hs sem nenhum
motivo – resolvi assisti-lo.
Resumidamente,
a história é sobre Cecilia, uma garçonete que trabalha em New Jersey e sustenta
o marido durante a Depressão de 1929. Ela vive infeliz e encontra refúgio no
cinema ao ver a vida perfeita das personagens. Um dia, após assistir ao filme The Purple Rose of Cairo várias vezes, o
mocinho do filme percebe Cecília e atravessa a tela para a vida real, começa
uma confusão no filme dentro do filme, e até o ator aparece, formando um
triângulo amoroso. Ela precisa escolher entre o ator ou o personagem, mas as
coisas não acabam bem para ela. Não vou contar mais, recomendo que assistam.
No início, quando
ela ouve várias vezes a seguinte frase,
- It's so
impulsive, but…I'll come. Why not? I mean, what's life without a little
risk-taking?
pensei que
ela tomaria uma atitude para mudar seu rumo, já que o marido não era nada
romântico, batia nela, não trabalhava e pegava todo o dinheiro que ela ganhava,
mas não foi isso que ela fez. Ela continuou vivendo o tédio que sempre fora a
sua vida.
E então
percebo que é o que todos fazemos. Temos inúmeros exemplos em filmes, amigos,
desconhecidos, mas não saímos do lugar. Continuamos na rotina, no tédio, na
zona de conforto.
Será que o
mocinho precisa sair da tela para nos acordar e provocar-nos a tomar uma
atitude ousada e transformadora? Será que realmente queremos algum tipo de
mudança?
Ou talvez
preferimos pensar como a Cecília:
Cecilia: I just met a wonderful new man. He's fictional but you
can't have everything...
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